Caprichos

Autor: Santiago Moncada
Título original: Caprichos
Páginas: 44
Personagens: 1m + 2h

Sinopse:

Qualquer fazedor de enredos sabe muito bem que, para construir uma boa história, não é preciso dispor de material em abundancia. Desde os antigos gregos, manietados pelos deuses, até ao homem urbano atual, stressado e descrente, as peripécias ou acontecimentos nunca variam demasiado, já que o ser humano navega pela vida impelido por ventos muito escassos, suaves umas vezes, e ciclónicos outras. De um lado, temos o amor, a lealdade, os valores… Do outro, o sexo, a ambição, a mesquinhez… Somos uma mistura imprevisível, ou inconstante, do melhor e do pior, e essa variedade quase infinita de registos é o faz que qualquer melodia possa ter tonalidades muito diversas. Na realidade, se fosse necessário, um escritor apanhá-las-ia bastante bem, confrontando apenas um homem e uma mulher. Poucas aventuras conseguem ter tão fascinantes, perigosas e de final mais incerto que o episódio de um casal, desde o primeiro olhar perturbador até, geralmente, à despedida tempestuosa ou ao bocejo dissimulado. Se a este binómio lhe juntarmos uma terceira personagem, seja deste ou daquele sexo, teremos a catarse, e as variantes disparam.
O clássico e imortal triângulo amoroso esposa-marido-amante tem em Caprichos vértices absolutamente irregulares e distorcidos. Talvez estes vértices sejam menos dramáticos ou frívolos que na maioria das ocasiões, mas, em contrapartida, pretendi dotá-los de arestas afiadas, temperadas em banhos fortalecedores de humor, de surpresa e, claro, de melancolia e solidão. Porque, depois dos dias de vinho e rosas, todos estamos condenados a sentir, nalgum momento, o sabor agridoce dessas sensações. E não há mal nenhum nisso.


Preço: 8€